CAPÍTULO 1:
“Por que ninguém nunca pensou em ser um
super-herói na vida real?” Foi isso que eu me perguntei, agora que estou no
chão machucado e sangrando, eu sei a resposta. Como eu acabei assim?
DEZ HORAS ATRÁS
- Qual
é Jack, você tá doido? Ficar andando por aí vestido de herói de Sentai achando
que pode combater o crime sem ser preso ou morto? – É tão bom ter amigos que
acreditam na gente né?
-
Fica calmo Lucas, eu não vou sair lutando com uma mega organização do mal logo
no primeiro dia, eu vou começar ajudando velhinhas a atravessar a rua, ajudar
quem se perdeu na cidade e tal. – Lucas é o tipo de cara que faz brincadeira o
tempo todo, um ruivo de olhos verdes, 1,78 de altura, sempre paquerando as
garotas populares, mané.
-
Vê se não morre, ok? – Olhei para o lado e vi minha melhor amiga, Luciana, mas eu
a chamo de Lucy, nós somos amigos desde sempre, ela vive me protegendo. A Lucy
é bem legal, inteligente, e muito bonita, tem cabelos pretos até a cintura,
olhos castanhos, e 1,60 de altura.
-
Vou tentar – disse com um sorriso no rosto passando o braço em torno do ombro
dela.
-
Idiota – ela disse corando.
“É o amor... Que mexe com a
minha cabeça e me deixa assim, que me faz pensar em você e esquecer de mim...”
-
Cala a bola Lucas! Hahahahah, foi mal, não deu pra segurar! – Esse Lucas é um
palhaço, eu ria tanto que minha boca doía, mas ao ver a Lucy com o rosto baixo,
vermelha como um tomate eu fiquei sério. – Sério Lucas, cala a boca.
-
O-ok.
DEPOIS DA AULA
“Bom,
está na hora de ser um herói!”
Saí na
rua e as pessoas começaram a rir de mim, meio que com razão, minha roupa era
vermelha, uma mistura de algodão com lycra, usava luvas brancas, daquelas de
cozinha, os meus sapatos eram os meus tênis brancos normais e usava uma máscara
era do mesmo material da roupa, com um visor de plástico preto pelo lado de
fora e transparente por dentro.
Quando
vi dois caras estranhos seguindo uma mulher, eles pegaram a bolsa dela e
correram, eu fui ate a ela e disse:
- Tudo bem? Eu vou trazer sua bolsa de volta.
- Obrigada.
Eu
corri atrás dos caras e gritei:
- Devolvam a bolsa!
Eles
se viraram, olharam pra mim e começaram a rir, com certeza por causa de roupa.
- Que foi, quer apanhar moleque?
- Devolvam a bolsa! Ela não é de vocês!
- Ei mano, vamos acabar logo com ele, eu
quero ir pra casa comer.
- Ok! Se prepara pra surra de sua vida
garoto!
Eles
sacaram duas barras de ferro e vieram na minha direção, o primeiro me acertou atrás
das pernas e eu caí de joelhos, o outro me acertou no peito e eu caí pra trás,
depois eu só me lembro de estar sendo pisoteado pelos dois e estar caído no
chão, machucado e sangrando, foi aqui que você começou a ler, eles se viraram
pra ir embora:
“Droga, eu vou mesmo morrer? Nunca mais vou
poder sentir a pele clara e macia da Lucy na hora do almoço? Nem o cheiro, nem a
maciez do seu cabelo? Nem o seu sorriso quando passeamos no parque?”
- N-Não... – Lembrar da Lucy me dava força
pra levantar e lutar.
- O
quê? – eles olharam por cima do ombro.
-
Eu não vou morrer aqui, eu prometi pra ela... Que eu não ia morrer! – Me levantei,
a dor tinha sumido, pus meus braços em frente ao rosto com os punhos fechados,
o braço direito na frente do esquerdo, o pé esquerdo na frente do direito
apoiando meu corpo, uma onda de fúria e adrenalina corria pelo meu corpo, nunca
tinha me sentido assim, parecia que o mundo estava mais devagar. – Podem vir!
Eles avançaram em mim, o primeiro mirou nas
minhas pernas de novo, mas dessa vez eu pulei o fazendo rodar por causa da
força do golpe e cair no asfalto sentado sem ar, o segundo avançou com tudo, eu
pus minha mão esquerda na garganta dele e usei minha perna esquerda pra dar uma
rasteira que o fez cair no chão com minha mão pressionando sua garganta.
-
Devolva a bolsa, agora.
A policia chegou bem na hora, os homens foram
presos, eu peguei a bolsa da senhora, fui até ela e a entreguei.
-
Muito obrigada! O que eu posso fazer para compensa-lo?
-
Não precisa que fazer nada, eu faço isso só pra ajudar as pessoas.
-
Tudo bem, mas se eu puder fazer algo por você, por favor, não hesite em me
pedir. – ela me entregou um cartão e foi embora, eu comecei a sentir a dor de
novo e fui correndo pra casa.
CHEGANDO EM CASA
Cheguei em casa e comecei a gritar:
-
Urru! Valeu! É isso aí! – “essa foi a coisa mais legal de toda a minha vida!
Tirando o fato de que eu quase morri...”
Peguei o cartão que a mulher me deu e li:
“Maria Abadeer
Ciences And Tecnologys
Diretora da empresa”
-
A-Abadeer? A mãe da Lucy? Ai! Droga, eu tenho que cuidar logo desses malditos machucados.
Vesti uma jaqueta, uma bermuda e fui pra casa
da única pessoa que podia me ajudar...
Seria realmente muito bom ter heróis ao nosso redor.Sem tantos riscos,claro!
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